“ASSUNTO DE FAMÍLIA: AS REPRESENTAÇÕES DA TV AMERICANA”

(FAMILY MATTERS: REPRESENTATIONS ON AMERICAN TV)

Mírlei Aparecida Malvezzi VALENZI (PG-USP)

 

 

ABSTRACT: Methodologically situated according to the French approach to Discourse Analysis, this article aims at studying how the family is presented and represented on television (particularly on the sitcom called 'The Wonder Years') and showing that the American middle class family portrayed as united and traditional is, dicoursively, a fragmented family.

 

KEYWORDS: Media; Discourse Analysis; Identity; Representation

 

 

0.        Introdução

A ficção televisiva, utilizando os recursos e a experiência do teatro, do cinema e do rádio, cria diferentes tipos de programas de narrativa como o filme, a telenovela, a minissérie e o seriado, que, devido aos propósitos deste trabalho, merece um destaque especial por ser considerado, na mídia americana, o exemplo perfeito de entretenimento (e, assim, o gênero também dominante nesta categoria): ele é curto (possui uma duração de aproximadamente 30 minutos); trata de assuntos ‘reais’, da vida cotidiana; é agradável para ser assistido em família; diferentemente de uma telenovela, é estruturado em episódios independentes, cada um com a sua unidade relativa; pode ser reprisado a qualquer momento; em seus 40 anos de existência, é o gênero que mais produziu programas que, por sua vez, atingiram os níveis mais altos de audiência; é, acima de tudo, um produto comercial: vende não só os produtos (de toda e qualquer ordem) nele anunciados como também a cultura, os costumes e a ideologia do país onde ele foi produzido, neste caso, os Estados Unidos.

Isto posto, o presente trabalho visa a estudar, fora de uma abordagem psicológica que privilegie a caracterização e os atos dos personagens, como a família (os membros principais que dela fazem parte) é (são) apresentada(os) e representada(os) na televisão, especificamente no seriado norte-americano "Anos Incríveis" (título original em inglês: The Wonder Years) e mostrar que a família de classe média americana retratada no referido programa como unívoca e aparentemente tradicional (em que o pai é aquele que trabalha em um escritório o dia todo, a mãe é uma dona de casa que cozinha e cuida do bem-estar da família e os filhos estudam e brincam na rua ou no quintal de casa), caracteriza-se, sob o aspecto discursivo, como uma família fragmentada.

O corpus de análise constitui-se de uma das suas seis temporadas (aquela exibida em 1988 nos Estados Unidos), ou seja, os seis primeiros episódios da série, selecionados exatamente por serem os episódios iniciais, assim, não gerando problemas de compreensão (de ordem temporal) com telespectadores menos assíduos ao programa e principalmente, por se considerar o que acontece nestes episódios já válido para os objetivos aos quais esta pesquisa se propõe, além destes também se mostrarem como exemplos recorrentes ao longo do seriado como um todo.

O estudo do corpus se dá sob a perspectiva da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, que considera o sujeito essencialmente ideológico e vê o discurso, constantemente atravessado pela sua dispersão, a partir do contexto histórico-social que o constitui. Esta análise utiliza, ainda, os conceitos de representação e identidade elaborados por Stuart Hall (1997; 1998), de formação discursiva proposto por Michel Foucault (1972), entre outros como o de heterogeneidade e o de interdiscursividade.

 

1.        As condições de produção do seriado americano

O seriado "Anos Incríveis" é composto de 115 episódios (cada um com 20 minutos de duração aproximadamente) e retrata a trajetória percorrida por um garoto americano de classe média no final da década de 60 e início da de 70 em sua passagem da infância para a adolescência. Considerado uma dramédia[1], a série aborda, de modo geral, em tom não-humorístico e de forma realista, uma época de grandes mudanças na história dos Estados Unidos através de temas considerados universais como família, amigos, escola, namoradas e paixões (entre outros problemas que surgem na adolescência).

É interessante notar, porém, que a perspectiva adotada, tanto externa quanto internamente, como ponto de partida no enfoque da época acima citada é aquela dos dias de hoje: produzido nos Estados Unidos entre 1988 e 1993, o seriado conta com a presença de um "narrador" que vive provavelmente neste mesmo período de produção e que relembra e reconta suas experiências vividas vinte anos atrás. Deste modo, este "narrador" não é outra pessoa senão o próprio protagonista da estória.

Assim, pode-se dizer que o público-alvo ao qual este seriado é destinado são adolescentes (da mesma idade do protagonista) e adultos (que viveram a época retratada) todos pertencentes à classe média da sociedade.

Todos os episódios escolhidos para análise retratam o ano de 1968 e apresentam, em uma primeira análise, conforme dito na Introdução, uma família tradicional de classe média americana que vive em uma cidade pequena (sem um nome específico). Esta família, entendida como porto seguro ou refúgio, serve de pano de fundo para que outras situações sejam vividas. No que tange aos personagens principais da série, são eles: Jack e Norma Arnold, pais de Karen, Wayne e Kevin Arnold (sendo este o protagonista de toda a estória). Além deles, tem-se, ainda, Paul Pfeiffer (melhor amigo de Kevin) entre outros amigos, conhecidos e familiares. É necessário dizer que este trabalho pretende enfatizar as representações construídas sobre os membros principais de uma família, considerando, inevitavelmente, as relações existentes entre eles. Desta forma, tem-se a figura do pai, da mãe, dos filhos. Tais imagens coincidem com os papéis dos cinco personagens principais acima descritos.

Por fim, é válido observar que a escolha deste seriado em detrimento de outros deve-se, principalmente, a dois motivos: pela sua proposta de retorno aos valores tradicionais, ao retratar a passagem dos anos 60 para os anos 70, e pelo grande sucesso que este seriado norte-americano teve na TV brasileira, visto que chegou a ser exibido (durante pelo menos cinco anos) por três canais diferentes (sendo dois deles numa mesma época, um em versão dublada e outro em versão legendada).

 

2. A família na TV

A aparição da família na mídia televisiva confirma o caráter conflituoso em que esta instituição se encontra. Além disso, deve-se salientar que, ao ser colocada na televisão, os limites entre o público e o privado extinguem-se, confundem-se, invertem-se. E esse retrato (ficcional) da vida doméstica, reflexo do mundo real ou sonho (utópico), apela para a memória de milhares de pessoas, interpela-os e estabelece, muitas vezes, laços de identificação entre personagens (ou situações) e telespectadores.

O seriado, por sua vez, estimula ainda mais este tipo de relacionamento e mostra-se, ao longo se sua história, como uma crônica contínua da domesticidade. Enquanto gênero, o seriado seleciona situações que envolvem discursos socialmente constituídos e articulados. Desta forma, não se pode compreender o significado de um episódio ou de uma situação fora do contexto histórico, social, político, econômico, ideológico e cultural no qual ele (ela) foi produzido(a).

Considerando o discurso como o seu objeto de estudo e entendendo-o como uma instância integralmente histórica e social, a Análise do Discurso de linha francesa (AD), fundada no final da década de 60 por Michel Pêcheux,

 

“tem como grande meta os processos discursivos inscritos em relações ideológicas, ou seja, o ponto em que se articula um funcionamento discursivo e sua inscrição histórica.” (CARDOSO, 1999: 23)

 

Foucault, filósofo francês preocupado com os grandes discursos de instituições como hospitais, asilos e prisões, também acrescentou muitas idéias a esta disciplina. Para ele, discurso é um sistema de representação,

 

“a group of statements which provide a language for talking about - a way of representing the knowledge about - a particular topic at a particular historical moment. (…) It attempts to overcome the traditional distinction between what one says (language) and what one does (practice).” (Foucault apud. HALL, 1997: 44)

 

Neste âmbito, o discurso mostra-se capaz de definir e produzir o conhecimento sobre um determinado assunto, além de guiar a maneira como este tópico deve ser entendido. Um mesmo discurso pode aparecer em diversos tipos de textos mas, uma vez dadas as condições de produção nas quais um dizer se encontra inserido, são as formações discursivas (FD) que permitem que este dizer seja compreendido de uma maneira e não de outra. Fica claro, desta forma, que

 

“o sentido não existe em si mas é determinado pelas posições ideológicas colocadas em jogo no processo sócio-histórico em que as palavras são produzidas. As palavras mudam de sentido segundo as posições daqueles que as empregam.” (ORLANDI, 2000: 42-43)


Considerando-se que a ideologia se concretiza no discurso, tem-se um outro conceito (este, formulado por Pêcheux) intimamente ligado ao conceito de formação discursiva proposto pela teoria construcionista de Foucault: aquele da formação ideológica (FI) que, por sua vez, tem como principal objetivo a reprodução das relações de produção (que funciona através da “interpelação ou assujeitamento do sujeito como sujeito ideológico”). Uma formação ideológica é formada por uma ou mais formações discursivas, as quais “determinam ‘o que pode e deve ser dito’ a partir de uma posição dada em uma conjuntura dada.” (BRANDÃO, 1997: 38)

Atravessado por um sujeito disperso, descentrado e cindido, um texto pode conter discursos e formações discursivas diferentes, visto que a tarefa de se traçar limites que definam as fronteiras entre as FDs mostra-se impossível. Assim, é inevitável que elas apresentem, muitas vezes, conflitos dentro delas mesmas e entre si, o que permite afirmar que a heterogeneidade é própria a toda FD.

Nesta linha, Maingueneau, baseando sua discussão no conceito de formação discursiva, propõe a noção de interdiscursividade, concebendo o discurso como o resultado da relação/ diálogo que mantém com outros discursos. Não existe, desta forma, o chamado ‘discurso puro’. É no interdiscurso que as formações discursivas trabalham, utilizando a memória discursiva (entendida como “o saber discursivo que torna possível todo dizer e que retorna sob a forma do pré-construído, o já-dito que está na base do dizível” - ORLANDI, 2000: 31) para disponibilizar dizeres e constituir (novos) sentidos.

Enfocando-se o corpus desta pesquisa de forma mais direta, à luz das afirmações e dos pressupostos teóricos acima apresentados, sugere-se uma análise do interdiscurso dos seis episódios iniciais do seriado Anos Incríveis, a partir dos enunciados mais recorrentes (esquematizados sob a forma “Ser [um membro da família] = X”) formulados acerca das representações criadas e veiculadas pela televisão na referida série. Tem-se, desta forma:

 

¨       Ser pai = ditar regras

 

T. 1: “[Karen enters with an 8-track playing Jimi Hendrix "Foxy Lady".]

(…) [Wide shot of Kevin and Wayne at the table, and Norma at the counter, as Karen gyrates to the music.]

NORMA: Turn that noise down! [Frowns.] (…)

KAREN: That noise is the best guitarist in the whole world! (…)

NORMA: Yes, and I'm the best cook in the world! Now turn that down before you cause us all brain damage!

KAREN: You know, Mom...I live here too. And if I want to listen to my music...

[Jack frowns and walks forward.]

JACK: Mom told you to...

[Shot of Kevin and Wayne at the table as Wayne covers his ears with cookies.]

JACK [V/O]: Turn it down, now turn it down!

[Shot of Jack, Karen and Norma.]

KAREN: I know what she told me...

NORMA: Karen...

JACK: If you want to live here, you play by these rules...” (Episódio 4, cena 2)

 

Nesta passagem, vê-se que a mãe tenta exercer o seu poder sobre a filha que, por sua vez, recusa-se, em um primeiro momento, a aceitar a sua submissão aos pais mas acaba ‘aceitando’ a situação principalmente depois da intervenção do pai que reassume o seu posto coagindo (verbalmente) e esclarecendo (a todos) quem detém o poder naquele lar.

T. 1 ainda sugere que um outro enunciado seja formulado:

 

¨       Ser filho = obedecer

 

Mesmo oferecendo alguma resistência, percebe-se que os filhos sempre acabam obedecendo ao pai. É interessante notar que a filha, principalmente, é quem mais tem consciência da estrutura que sua família obedece e, politizada e feminista, luta contra este sistema e tenta, a todo custo, fazer valer os seus direitos, propondo, ainda que em vão, uma nova ordem a ser seguida.

À mãe, cabe um outro papel, formulado segundo o seguinte enunciado:

 

¨       Ser mãe = ser boa dona de casa

 

Considerada, na estrutura de família tradicional, uma dona de casa que não faz outra coisa senão cozinhar e cuidar do bem-estar da família, a mãe assume o papel a ela designado e mostra-se sábia (visto que a prática conduz à perfeição) e, portanto, poderosa neste contexto:

 

T. 2: “[Kevin is rapidly eating his lunch. Jack and Norma look on.]

NORMA: Kevin, slow down, your going to make yourself sick.

[Paul comes in through the kitchen door.]

(…)

KEVIN: Mom, can I be excused?

NORMA: No, you may not be excused, now just sit down and finish your lunch. Don't forget its your day to do the dishes.” (Episódio 2, cena 9)

 

A figura do pai pode também ser representada de acordo com a formulação de outro enunciado:

 

¨       Ser pai = trabalhar para a família

 

T. 3: JACK: Hi, Paul.

[Paul waves his bread at Jack.]

NARRATOR: Dad always said "hi" to our friends, but it was like he had this understanding with the family - he worked hard for us, he provided for us, and he certainly didn't want to have to talk to us on top of that.” (Episódio 1, cena 4)

 

Segundo a explicação dada pelo narrador, existe um acordo entre os membros desta família (e provavelmente entre os membros de toda e qualquer família americana): o pai, ao trabalhar para sustentar sua família, cumpre com seus deveres e paga os seus pecados. Desta forma, ele adquire seus direitos (neste caso, o de ficar calado e não comentar sobre a árdua tarefa que executa para o bem-estar daqueles que dele dependem) em busca da sua salvação.

Neste estudo de enunciados, pode-se notar que alguns discursos (formações discursivas) se inter-relacionam e perpassam as formulações analisadas, o que retoma e reforça o pressuposto de que não existe um discurso puro mas sim uma relação constitutiva dele com o seu interdiscurso. Deste modo, entre os diversos discursos presentes na construção desta família ficcional, destacam-se o discurso religioso e o discurso jurídico.

Na estrutura familiar adotada pelo seriado, pode-se dizer que o pai ocupa, muitas vezes, a posição de Deus: ele é inacessível e todo-poderoso, a quem todos devem obedecer; suas vontades prevalecem e devem ser realizadas; a ele também cabe julgar, condenar e castigar aqueles que não seguem as regras por ele impostas; é ele quem deve trabalhar e sustentar sua família; este trabalho, entendido como um fardo, mostra-se como um pecado, que ele paga para alcançar a salvação. A mãe, nesta hierarquia, apresenta-se como um representante da Igreja, um sacerdote: obediente, devota e submissa, ela atua como uma intermediária entre Deus e seus discípulos, ouvindo estes últimos mas reproduzindo a voz de seu mestre. Ela não questiona a sua situação: antes, aceita-a. Na ausência do Divino, ela, autorizada pela instituição, assume o seu papel e o seu poder. O filho, por sua vez, é aquele que ocupa a posição mais baixa neste sistema: cabe a ele a admiração, a veneração, o respeito e o temor, além da obediência total. Caso estas atitudes não se concretizem, ele será julgado e punido e, somente ao cumprir tal penitência, ele poderá alcançar a sua salvação. Os irmãos são os homens: iguais, encontram-se todos no mesmo nível e, por isso talvez, discutem uns com os outros.

O discurso jurídico, intimamente vinculado ao discurso religioso, pode ser percebido na própria estrutura hierárquica e em situações como o julgamento e a condenação pelos quais o pai é responsável; no cumprimento das leis e dos deveres e na exigência de execução dos direitos que cabem, por sua vez, tanto aos pais quanto aos filhos.

 

3. Considerações finais

O seriado “Anos Incríveis” retrata uma família que pretende ser unida e coerente, diferente daquela que a assiste no final do século XX e início do século XXI.

Entretanto, esta família não se mostra tão unificada: ela enfrenta problemas cotidianos em uma época marcada por várias mudanças sócio-econômicas e sociais (final da década de 60 e início da década de 70). Além disso, considerando-se a análise realizada neste trabalho sobre os enunciados formulados acerca da representação da família na mídia televisiva, percebe-se, também no entrecruzamento de diferentes formações discursivas, que as identidades dos membros que a compõem estão fragmentadas.

A TV, que visa, entre outros objetivos, a manter os valores de uma sociedade, busca, ao retratar uma época passada, resgatar valores eventualmente perdidos e reiterá-los nesta estrutura como se nada a tivesse abalado. É com este elemento nostálgico que o narrador define a família no final do episódio piloto e estabelece o tom a ser seguido da primeira à última cena do seriado:

 


“NARRATOR: Because we know that inside each one of those identical boxes, with its Dodge parked out front and its white bread on the table and its TV set glowing blue in the falling dusk, there were people with stories, there were families bound together in the pain and the struggle of love.” (Episódio 1, cena 16)

 

Entendida, nesta perspectiva, como uma extensão da família, pode-se dizer que a sociedade americana também se encontra em crise. Desta forma, a transmissão e até mesmo a proliferação dos seriados por eles produzidos visa, através de sua constante tendência homogeneizante, uma recuperação do poder político-econômico norte-americano, além da manutenção da ordem e da disseminação cultural.

 

RESUMO: Este artigo visa a estudar, sob a ótica da Análise do Discurso (AD) de escola francesa, como a família é apresentada e representada na televisão (especificamente no seriado 'Anos Incríveis') e mostrar que a família de classe média americana retratada como unívoca e tradicional caracteriza-se, discursivamente, como uma família fragmentada.

 

PALAVRAS-CHAVE: Mídia; Análise do Discurso; Identidade; Representação

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Brandão, Helena H. Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. 6ª ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1997.

CARDOSO, Sílvia Helena Barbi. Discurso e Ensino. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

GERARD, Jones. Honey, I’m Home!: sitcoms, selling the American Dream. New York: Grove Weidenfeld, 1992.

HALL, Stuart (ed.). Representation: cultural representations and signifying practices. London: Sage/ Open University Press, 1997.

_____. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Trad.: Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

Maingueneau, Dominique. Novas Tendências em Análise do Discurso. 3ª ed. Campinas, SP: Pontes/ Ed. da UNICAMP, 1997.

Orlandi, Eni P. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 2ª ed. Campinas, SP: Pontes, 2000.

PALLOTINI, Renata. Dramaturgia de Televisão. São Paulo: Moderna, 1998.

SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.) Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

TAYLOR, Ella. Prime-Time Families: television culture in postwar America. Berkeley and Los Angeles, CA: University of California Press, 1990.

 

Na Internet:

Hu's Episode Guides - Wonder Years (http://www.episodeguides.com/shows/wonyears/guide.html)

Peter's Wonder Years Guide. (http://ourworld.compuserve.com/homepages/reynders/wy-frame.html)



[1] Tradução do termo ‘dramady’, que caracteriza uma produção nova, típica da década de 80, que propõe, a partir da fusão do drama e da comédia, programas com enredos menos explícitos, finais não resolvidos totalmente e uma maior complexidade na construção dos personagens.